EM FOCO

Maria Clara Gueiros

Entrevista com Maria Clara Gueiros

Atriz.

outubro, 2020.

Como você analisa a questão do compliance nas atividades artísticas?

A existência do Compliance é essencial numa empresa que trabalha com artistas de todas as áreas do entretenimento e que convivem não só nos estúdios, como nas salas de redação e reunião nas dependências da empresa e fora dela.

Há alguns anos o Compliance apareceu como uma ferramenta de apoio aos profissionais que se sentissem desconfortáveis no ambiente de trabalho e isso, em minha opinião, foi um grande avanço na política das empresas.

Em qualquer corporação, a convivência e as relações entre os funcionários precisam ter algum tipo de regulamentação e o Compliance surgiu como essa estrutura, que além de ser um apoio psicológico e jurídico, protege os funcionários de situações desagradáveis.

Na empresa onde você trabalha existem códigos de ética e de boa conduta?

Na empresa em que trabalho existe um código de ética e boa conduta que é mandado a todos os funcionários e suas regras devem ser seguidas.

Existem canais de denúncia para relatar eventuais suspeitas de desvios éticos?

O canal de denúncia da empresa em que trabalho é por intermédio do Compliance, que garante o sigilo de quem o procura.

Quais sugestões você poderia dar para aprimorar a questão do compliance e das boas práticas no Brasil?

Minha sugestão é que o Compliance seja um departamento acessível a todos os funcionários, com atendimento fácil, código de conduta explícito e fácil de ser consultado.

Acho que deve-se fazer uma boa divulgação interna, apresentando um número de telefone que funcione num horário bastante flexível, e principalmente com a presença de profissionais do sexo feminino para casos de assédio sexual.

A existência de um Compliance que se faça presente pode, na minha opinião, diminuir o número de abusos que sempre aconteceram, na medida em que torna-se uma estrutura de regulação que se mostra atuante e mostra que há punições para má conduta.